Túnel sofisticado na fronteira de Israel gera preocupações com a segurança e movimentação de grupos na região



O túnel subterrâneo que chama atenção na fronteira entre Israel e Palestina

Uma obra de engenharia sofisticada e milionária tem chamado atenção na fronteira entre Israel e Palestina. O túnel central, com três metros de largura e cerca de quatro de altura, tem quatro quilômetros de extensão e permite a circulação de veículos automotores, como furgões, motos e caminhões, de forma segura. Além disso, é todo iluminado, ventilado e conta com um sistema sofisticado para evitar alagamentos e concentrar as concentrações de areia depositadas pelos ventos.

Localizado a cerca de 500 metros da fronteira com Israel, o túnel está em uma região movimentada, com a presença de trabalhadores pendulares, que se deslocam para trabalhar em Israel e retornam ao final do dia, e também de palestinos doentes que ingressam para receber assistência médica em Israel. Segundo informações dos jornais israelenses, essa região foi o ponto de início da Primeira Intifada, em 1987.

No entanto, a construção do túnel tem levantado questões sobre a vigilância na região. De acordo com relatos, tanto os militares quanto os serviços de inteligência e espionagem de Israel negligenciaram a área, favorecendo a construção do túnel.

Durante uma visita ao local, o porta-voz oficial, Oliver Rafawicz, chamou atenção para a atitude do Hamas, responsável pela construção do túnel, ao preferir atacar Israel em vez de utilizar os milhões de dólares gastos na obra para melhorar a vida dos palestinos e combater a pobreza na região.

O túnel, conforme observado, possui inúmeras ramificações, o que leva à comparação com uma cidade subterrânea. No entanto, para Rafawicz, a construção do túnel deveria ter sido mais perceptível, evocando a letra da música de Chico Buarque “Construção” ao dizer que “só Carolina não viu”.

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