No Amazonas, as chuvas ficaram entre 100 e 350 milímetros abaixo do normal, representando cerca da metade do esperado para a região. Além da escassez de chuvas, o clima também registrou uma série de ondas de calor entre agosto e novembro, elevando a temperatura para marcas recordes. As máximas nesses meses foram de 2 a 5 graus Celsius acima da média histórica.
O governo do Amazonas emitiu um boletim de estiagem, no qual informou que todos os 62 municípios do estado continuam em situação de emergência, com mais de 630 mil pessoas afetadas pela seca. Os principais problemas apontados pelo Centro Científico da União Europeia incluem o perigo à vida dos animais, aumento do risco de incêndio e níveis fluviais mais baixos, que dificultam a mobilidade nas comunidades ribeirinhas e o acesso a bens essenciais.
Diante desse cenário, o estudo da União Europeia sugere a necessidade de uma resposta regional abrangente, indo além das fronteiras nacionais. A previsão é de que as condições mais secas e quentes persistam em 2024, principalmente devido à continuidade do Fenômeno El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico.
O impacto da seca na região amazônica é alarmante e requer atenção urgente tanto em termos de precaução contra incêndios florestais, quanto em relação à preservação da biodiversidade e do modo de vida das comunidades locais. A situação também levanta questões sobre o papel das políticas de conservação e sustentabilidade na região, bem como sobre a influência das mudanças climáticas nesse cenário.
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