Forças israelenses intensificam ofensiva terrestre em Gaza enquanto ONU vota resolução para aumento da ajuda humanitária e prevenção da fome.

Tensões entre Israel e Faixa de Gaza aumentam, com perspectivas de resolução se mostrando enfraquecidas

As forças israelenses deram sinais de que estão ampliando a ofensiva terrestre na região central da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (22). A situação se torna ainda mais crítica com relatos de ataques aéreos, bombardeios de artilharia e combates em todo o enclave, o que enfraquece as perspectivas de avanço nas negociações no Egito.

O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, expressou a determinação de eliminar o grupo militante Hamas, que governa a Faixa de Gaza, após um ataque lançado pelos combatentes do Hamas no sul de Israel, que resultou em um elevado número de mortes e reféns. O número crescente de mortos e feridos durante a campanha militar israelense tem recebido críticas internacionais, inclusive dos Estados Unidos.

O Ministério da Saúde de Gaza divulgou um balanço de 20.057 palestinos mortos e 53.320 feridos nos ataques israelenses desde 7 de outubro. Por sua vez, as forças israelenses afirmam que 140 de seus soldados foram mortos desde que lançaram a incursão terrestre na região.

As negociações em busca de trégua e ajuda humanitária prosseguiram nos últimos dias, com a votação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU sendo adiada para esta sexta-feira. A resolução exigiria que Israel e o Hamas permitissem a entrega de ajuda humanitária através de todas as rotas terrestres, marítimas e aéreas, em toda a Faixa de Gaza.

Apesar de uma pausa humanitária que aumentou a entrega de ajuda a Gaza, o risco de fome na região está aumentando a cada dia, segundo um relatório apoiado pela ONU. A pausa também levou à libertação de reféns mantidos pelo Hamas e a libertação de palestinos de prisões israelenses.

No entanto, as esperanças de um avanço nas negociações foram diminuídas com a declaração do Hamas e da Jihad Islâmica, que rejeitaram quaisquer acordos sobre trocas de reféns e prisioneiros palestinos “exceto após a cessação total da agressão” por parte de Israel. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, esteve no Cairo para negociações adicionais, mas sem resultados claros.

A situação permanece tensa, com a perspectiva de uma resolução cada vez mais distante e as negociações se mostrando desafiadoras. O aumento das hostilidades e a necessidade urgente de ajuda humanitária continuam a ser temas centrais do conflito em Gaza.

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