A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai começar a usar câmeras corporais já a partir da primeira semana de janeiro. Esta iniciativa faz parte de um teste que será realizado em agentes que trabalham na PRF do Rio de Janeiro, onde a instituição está atuando nas rodovias com a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar de ocorrer durante a GLO, o uso das câmeras corporais não está diretamente relacionado a ela, mas sim faz parte de um plano da PRF de instalar tais dispositivos em todos os uniformes utilizados no Brasil. A versão teste ajudará a identificar possíveis falhas para quando, de fato, o uso se tornar obrigatório.

“É um equipamento de segurança que nós entendemos ser não só para a população, mas muito fortemente para o policial”, expressou o diretor-geral da PRF, Antonio Fernando Oliveira, em entrevista à CNN.

As 200 câmeras utilizadas pela PRF no Rio foram doadas pela Embaixada dos Estados Unidos ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Outras duzentas foram doadas para o governo da Bahia a fim de serem instaladas nas fardas dos policiais estaduais.

Em maio deste ano, a PRF divulgou um calendário para a instalação das câmeras nos uniformes. Os estudos tiveram início naquele mês e foram concluídos em outubro passado. Atualmente, encontra-se na fase de teste de campo, na qual os policiais utilizam os equipamentos nas ruas. Está previsto que em abril do próximo ano seja iniciado o processo de licitação.

Segundo a PRF, o valor da implementação ainda não foi divulgado, uma vez que depende dos estudos realizados e das câmeras que podem ser adquiridas. Em São Paulo, por exemplo, o custo médio mensal de aluguel do pacote completo, incluindo equipamento e armazenamento, é de aproximadamente R$ 798 por câmera.