Mulher muçulmana sofre agressão em Mogi das Cruzes: crime é denunciado como islamofobia pelo Centro Islâmico da Penha

Uma mulher muçulmana de 35 anos foi vítima de agressão no último dia 15 de outubro, na garagem do prédio onde mora, em Jundiapeba, distrito do município de Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo. O ataque foi registrado por câmeras de segurança e mostra o momento em que a vítima é abordada por outra mulher, agredida fisicamente, insultada e tem seu véu, usado como sinal de devoção a Deus na tradição islâmica, arrancado.

O caso foi denunciado como islamofobia pelo sheik Rodrigo Jalloul, do Centro Islâmico da Penha, em suas redes sociais. Segundo ele, a agressão faz parte de um aumento da violência contra a comunidade muçulmana após o ataque organizado contra Israel pelo grupo Hamas, em 7 de outubro. A vítima chegou a acionar a Polícia Militar, mas os agentes sugeriram que ela fosse a uma delegacia para prestar queixa.

A agressão foi registrada como um crime de lesão corporal, mas a identidade dos agressores não foi informada pela vítima. A comunidade muçulmana tem relatado casos de violência e discriminação, caracterizados por mensagens agressivas, ofensas à religião e a associação entre seguidores do islamismo e atos de terrorismo.

Especialistas apontam que esse preconceito se intensificou desde os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. A Secretaria da Segurança Pública confirmou o registro do caso como lesão corporal, acrescentando que a vítima relatou ter sido agredida por uma vizinha após uma desavença entre seus filhos.

Diante do aumento da violência contra a comunidade muçulmana, é importante que as autoridades estejam atentas e atuem para coibir a disseminação do preconceito e garantir a proteção desses cidadãos. É fundamental que casos como esse sejam tratados com a devida seriedade e que medidas sejam tomadas para evitar que a discriminação e a violência contra minorias religiosas continuem a ocorrer em nossa sociedade.

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