A denúncia partiu do Ministério Público (MP) de São Paulo, que, após analisar imagens das câmeras corporais, colher depoimentos de testemunhas e confrontar os dados com laudos periciais, decidiu acusar os policiais militares pela morte ocorrida durante a operação.
A Operação Escudo, realizada pela Polícia Militar na Baixada Santista entre o final de julho e o início de setembro, resultou em 28 mortes de civis e foi alvo de críticas pela alta letalidade policial. A ação foi uma resposta da PM à morte do soldado Patrick Bastos Reis, do Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que foi baleado e morto em Guarujá.
O Ministério Público informou que há ainda 25 Procedimentos Investigatórios Criminais (PICs) em andamento para esclarecer as circunstâncias das mortes durante a Operação Escudo, além de um Procedimento Administrativo de Acompanhamento (PAA) das investigações de todas as mortes decorrentes da intervenção policial.
Em resposta à denúncia, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que está analisando a acusação feita pelo MP e acatada pela Justiça contra os dois policiais. A pasta ressaltou que o Ministério Público exerce seu papel legal ao apresentar uma denúncia-crime, embora baseada em indícios que podem ou não ser confirmados no decorrer do processo legal.
A SSP também destacou que a operação, em 40 dias, resultou na prisão de 976 suspeitos, incluindo 388 procurados pela Justiça, e na apreensão de 119 armas e quase uma tonelada de drogas. Sobre o afastamento dos policiais, a SSP afirmou que cumprirá a determinação judicial.
O posicionamento da SSP foi incluído na matéria às 20h12.