Assassinato de Carrero Blanco: Impacto na Espanha e no Regime Franquista ainda objeto de debate após 50 anos







Artigo sobre a Morte de Carrero Blanco

“Era a imagem de um homem nacional-católico ao máximo, um homem que poderia ter vivido no século XVI”, disse o líder comunista espanhol Santiago Carrillo.

Se a primeira página do jornal ABC daquela quinta-feira de inverno foi dedicada à “frutífera visita” à Espanha do então secretário de Estado americano, Henry Kissinger, que havia se reunido com Carrero Blanco na véspera, a do dia seguinte noticiava que o presidente do Governo havia sido “selvagemente assassinado”.

Vinte e quatro horas se passaram entre a ideia de que os Estados Unidos manteriam sua bênção ao regime franquista – imprecisa, para muitos historiadores – e o fim de uma era.

No funeral de Carrero Blanco, o público viu pela primeira vez o choro de um Franco muito velho e debilitado, que morreria menos de dois anos depois.

O ditador nunca mais foi “o mesmo, sofreu um declínio físico e psicológico”, lembrou o então ministro das Relações Exteriores, Laureano López Rodó, em um documentário da TVE.

O impacto da morte de Carrero Blanco na história da Espanha é ainda objeto de debate, como demonstram os livros e a série documental “Matar o presidente”, lançados por ocasião do 50º aniversário do atentado.


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