Líder do governo no Senado critica “crescimento absurdo” das emendas parlamentares impositivas e sugere plebiscito para definir sistema de governo.

O senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado, fez duras críticas nesta segunda-feira ao que ele considera um “crescimento absurdo” das emendas parlamentares impositivas. De acordo com o senador, para o ano que vem, o valor destinado a essas emendas deve variar entre R$52 bilhões e R$54 bilhões, e ele questiona se o governo terá recursos suficientes para investimentos discricionários.

Wagner aponta que as emendas parlamentares impositivas são uma anomalia do sistema que se consolidou nos últimos quatro anos e continuou sob o governo atual. Ele ressalta que isso está retirando a discricionariedade do governo e se tornou um problema, uma vez que uma parte das emendas se encaixa nos programas do governo, mas há também um volume considerável que é disperso.

Além disso, o senador sugeriu a realização de um plebiscito para definir o sistema de governo do país. Ele ressaltou que não é a favor do parlamentarismo, mas acredita que, nesse sistema, se houver gastos descontrolados, o governo parlamentar é responsabilizado e pode cair. Já no presidencialismo, os parlamentares podem gastar as emendas, e se depois algo faltar, a culpa recai sobre o Executivo.

Outro ponto criticado por Wagner foi a derrubada do veto presidencial ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento. Ele destacou que o Congresso ainda não entendeu que a presidência está “sob nova direção” e que o presidente atual é completamente diferente do anterior. O senador ressaltou que o atual presidente é mais voltado para a reciprocidade e o reconhecimento, e que ainda não sabe quando essas diferenças serão reconciliadas.

Essas críticas feitas pelo líder do governo no Senado refletem as tensões e desacordos que têm sido observados entre o Executivo e o Legislativo, mostrando a disputa de interesses e visões sobre o sistema político e a gestão de recursos do país.

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