Fósseis repatriados da França serão expostos para o público em exposições itinerantes no Brasil, revela autoridades brasileiras.




Repatriação de fósseis pré-históricos trazidos da França

Repatriação de fósseis pré-históricos trazidos da França

Após quase dez anos de processo, o Brasil finalmente conseguiu a repatriação de fósseis pré-históricos que foram ilegalmente retirados da região do Cariri, uma das mais importantes do mundo para a localização de fósseis do Cretáceo. As relíquias foram trazidas da França para o Brasil em grandes caixas e, em breve, estarão em exposição para o público interessado.

Segundo o paleontólogo Álamo Feitosa Pinheiro, as caixas que trouxeram o material da França serão objetos de exposição, a fim de proporcionar ao público uma dimensão do tamanho e da importância da repatriação. Além disso, o processo de catalogação das peças será trabalhoso e não há uma estimativa de quanto tempo levará. No entanto, a ideia é levar exposições itinerantes para que pessoas de outras partes do país possam ter acesso às relíquias pré-históricas, uma vez que se trata da maior reparação de bens culturais, em volume, da história do Brasil.

A pesquisadora Sandra Monteiro ressaltou a importância da repatriação, afirmando que não se trata apenas de trazer algo que é nosso, mas também de contar nossa história e fornecer informações sobre como esses espécimes viviam, quando viveram e como o ambiente era habitado por eles. Essas relíquias pré-históricas não apenas interessam à pesquisa do país, mas também a pesquisadores de todo o mundo, uma vez que a origem dos seres vivos é um assunto de interesse geral.

Exploração ilegal

A região do Cariri é alvo de exploradores ilegais devido à sua importância na localização de fósseis do Cretáceo. O material retirado ilegalmente e levado à França foi apreendido no porto francês de Le Havre. Após um longo processo judicial em várias instâncias e cortes internacionais, a decisão final foi que o material deveria voltar ao Brasil, com todos os custos da operação sendo assumidos pelo governo do Ceará.

A burocracia foi superada com o apoio da embaixada brasileira na França, e agora, os fósseis repatriados serão catalogados e disponibilizados para exposições itinerantes em todo o país. A ideia é proporcionar ao público o acesso a essas relíquias pré-históricas, de forma a enriquecer o conhecimento sobre a história do Brasil e do mundo.


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