Gilberto Gil, cantor, compositor e imortal da Academia Brasileira de Letras, expressou suas condolências e destacou o legado extraordinário deixado por Lyra. Além disso, compartilhou um vídeo em que interpreta a música “Saudade Fez um Samba”, de Lyra e Ronaldo Bôscoli, mostrando seu respeito e admiração pelo artista.
O cantor e compositor Ivan Lins também prestou sua homenagem, lembrando a importância de Lyra na história da bossa nova e destacando sua colaboração em um período conturbado da história do Brasil. Lins revelou que recebeu apoio de Lyra durante a ditadura militar, mostrando o comprometimento do cantor com a liberdade artística e política.
A obra de Carlos Lyra não se limita apenas à música, mas inclui também um posicionamento político e de resistência. Suas canções de protesto, como “A Canção do Subdesenvolvido”, refletiam as tensões políticas da época, levando-o a optar por um exílio voluntário entre 1964 e 1971.
Além disso, Lyra teve uma ligação importante com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi um dos fundadores do Centro Popular de Cultura, que visava propagar conscientização política por meio da arte. O hino da UNE é fruto da parceria entre Lyra e Vinicius de Moraes, demonstrando seu impacto duradouro na história do movimento estudantil no Brasil.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também se manifestou, ressaltando a contribuição de Lyra para a identidade carioca e brasileira. Além disso, o baterista João Barone, da banda Paralamas do Sucesso, expressou sua tristeza com a perda do artista.
A morte de Carlos Lyra representa uma perda significativa para o cenário musical e cultural do Brasil, mas seu legado continuará vivo, inspirando gerações futuras de artistas e entusiastas da bossa nova. Sua obra e seus valores permanecerão como fonte de inspiração e referência para todos que admiram sua arte.
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