A prorrogação desses incentivos já havia sido tema de controvérsia em julho, quando a Câmara havia derrubado a medida por uma diferença de apenas um voto. Na ocasião, o destaque recebeu somente 307 votos, dos 308 necessários para a aprovação de propostas de emenda à Constituição.
Além do destaque para o setor automotivo, outras questões relacionadas a incentivos fiscais foram discutidas durante a votação, como a renovação do incentivo para a indústria de autopeças e a produção de baterias de carros elétricos nas três regiões contempladas. Tais incentivos geraram polêmica e polarização entre os parlamentares das regiões Sul e Sudeste e os das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Outros temas discutidos durante a votação incluíram a incidência do imposto seletivo sobre armas e munições, a alíquota do imposto seletivo sobre petróleo e minerais, e a reinstituição de regimes específicos para alguns setores da economia. A votação, que aconteceu de forma híbrida, com parlamentares presentes no plenário e outros votando pela internet, teve também a reinstauração da elevação do teto do salário dos auditores estaduais e municipais para R$ 41 mil.
Com a conclusão da votação em primeiro turno, a proposta da reforma tributária segue para o segundo turno de votação na Câmara dos Deputados. As mudanças feitas pelos deputados precisam ser aprovadas novamente e somente emendas supressivas, para retirar pontos da reforma tributária, podem ser votadas. A decisão representa um avanço significativo na tramitação da reforma tributária, que visa reestruturar a forma de arrecadação de impostos no país e terá impacto direto na economia e nas práticas empresariais.