Os senadores da oposição, em especial Espiridião Amim (PP-SC), acusaram Dino de ter ignorado os alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre os riscos de invasão dos prédios públicos em Brasília. Dino respondeu às acusações alegando que não recebeu mensagens da Abin, uma vez que na ocasião ainda havia pessoas da equipe anterior no ministério, e ele e apenas mais duas pessoas estavam nomeadas. Além disso, ele afirmou que não cometeu nenhuma ilegalidade, como foi confirmado pela negativa da liminar em um mandado de segurança apresentado ao Superior Tribunal de Justiça.
O ministro da Justiça ainda esclareceu que o policiamento da Esplanada dos Ministérios é de responsabilidade da Polícia Militar do Distrito Federal e que a Força Nacional estava disponível, mas era de responsabilidade do governador acioná-la.
Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, também questionou a atuação de Dino, acusando-o de não compartilhar todas as imagens de segurança do prédio da Justiça. Dino afirmou que todas as imagens foram entregues à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou os atos do dia 8 de janeiro, e que não faltam imagens sobre o evento, refutando as acusações.
Além disso, o ministro foi provocado pelo senador da oposição Jorge Seif (PL-SC) sobre se fake news é crime no Brasil. Dino explicou que, embora em tese não exista um crime específico de fake news na legislação penal, a prática pode caracterizar crimes previstos no Código Penal, como ameaça, calúnia, difamação, entre outros.
Com isso, o ministro Flávio Dino respondeu a todas as acusações e questionamentos durante a sabatina, buscando esclarecer seu papel e ações durante os eventos do dia 8 de janeiro e apresentando evidências para apoiar suas respostas.