Museu Nacional adquire microtomógrafo de última geração, considerado um dos mais avançados do mundo, para preservação e pesquisa de seu acervo.

O Museu Nacional, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), adquiriu um dos mais avançados equipamentos científicos do mundo: um microtomógrafo fabricado na Califórnia, nos Estados Unidos, por uma empresa alemã. O aparelho é capaz de operar simultaneamente como um tomógrafo e um microscópio 3D de raio X e tem sido considerado uma tendência em grandes museus ao redor do mundo.

Segundo o coordenador do Comitê Gestor dos Laboratórios do Museu Nacional, professor Cristiano Moreira, o microtomógrafo tem a capacidade de criar imagens tridimensionais de qualquer objeto ou acervo, tanto interna quanto externamente, o que representa um avanço significativo para a preservação do patrimônio cultural do museu. Além disso, o aparelho permite a reconstrução tridimensional de peças do acervo e a criação de modelos tanto virtuais quanto físicos, por meio de impressões 3D.

Outro aspecto relevante é a possibilidade de realização de pesquisas sem a necessidade de destruição dos objetos estudados, já que o aparelho possibilita a visualização da anatomia interna de animais e outros itens sem a necessidade de dissecá-los. Atualmente, o museu encontra-se em fase de treinamento dos técnicos para operação do equipamento, mas já foram tomografados diversos fósseis. O microtomógrafo também permitiu a visualização da estrutura interna de uma flor ainda em botão fechado, em um nível quase celular.

Cristiano Moreira ressaltou que a aquisição do microtomógrafo representa um grande avanço para o Museu Nacional e para o campo de pesquisas em história natural no Brasil, já que o equipamento é único no país. Além disso, o coordenador destacou que a tendência de digitalização dos acervos dos museus ao redor do mundo é uma forma de garantir o acesso ao material, sem prejudicá-lo, e de preservar objetos sensíveis e sujeitos a decaimento natural.

Com a operação do microtomógrafo, o Museu Nacional se destaca como um dos pioneiros no país na utilização dessa tecnologia, que tem se tornado padrão em diversos museus na Europa e nos Estados Unidos. O novo equipamento, que pesa 3 toneladas, atenderá a todas as áreas do museu, contribuindo para a manutenção e preservação do acervo e para o avanço das pesquisas na área de história natural.

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