Disputa por Petróleo: a batalha entre Maduro e Guiana pela exploração de reservas estimadas em 11 bilhões de barris.






Artigo de Jornal

Nicolás Maduro e o Conflito pela Reserva de Petróleo

Nicolás Maduro, em uma ação teatral, recentemente exibiu um mapa que incorporava mais da metade das terras da Guiana, gerando tensões na região do planalto do Essequibo. No entanto, especialistas apontam que o real interesse do presidente da Venezuela está na reserva de petróleo estimada em 11 bilhões de barris localizada na plataforma continental, o equivalente a 75% das reservas brasileiras. Ele autorizou a estatal PDVSA a negociar contratos para a exploração do petróleo na zona de litígio, criando um impasse com a Guiana.

O país vizinho possui um contrato com a ExxonMobil americana para operar na reserva e um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos. Maduro impôs um ultimato à Guiana, dando-lhe três meses para suspender suas operações na região. A reação não demorou: o Comando Sul dos EUA anunciou “operações de rotina” na Guiana, aumentando a tensão na região.

Diante desse cenário, Maduro sinalizou abertura para negociações, buscando uma forma de obter parte do petróleo proveniente da reserva. No entanto, se não houver recuo por parte do presidente venezuelano, a Marinha americana, com possível apoio da inglesa, poderá intervir para garantir a exploração das reservas na Guiana.

A Visão de Eremildo

Eremildo, cidadão conhecido por suas ideias polêmicas, defende a criação de um organismo supranacional para resolver conflitos internacionais. Ele considerou correta a decisão do Itamaraty de classificar o plebiscito para decidir a questão da anexação do Essequibo como “um assunto interno da Venezuela”. Entretanto, ele expressou preocupação com a possibilidade de um plebiscito convocado por um político argentino para anexar parte de Santa Catarina, território brasileiro.

Jânio e a Tensão com a Guiana

Não é de hoje que presidentes sul-americanos manifestam interesse em questões territoriais. Em 1961, Jânio Quadros, ex-presidente do Brasil, demonstrou interesse na região das Guianas, especialmente diante das eleições na Guiana Britânica, temendo a ascensão de líderes comunistas no país vizinho. No entanto, Jânio teve uma breve passagem pelo poder, renunciando à presidência e tendo seu nome associado a decisões controversas.

Diante desse cenário histórico e atual, a situação na região do planalto do Essequibo continua a gerar tensões e exige uma atenção cautelosa das nações envolvidas, bem como de observadores internacionais, para evitar um possível conflito armado rumo à resolução diplomática desse impasse.


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