No Rio de Janeiro, a caminhada foi realizada no Aterro do Flamengo, e contou com a participação de diversas mulheres engajadas na luta contra a violência. Marilha Boldt, líder do Comitê de Combate à Violência contra Mulheres e Meninas do Grupo Mulheres do Brasil no Rio de Janeiro, destacou a importância do engajamento da sociedade na causa. Ela ressaltou a necessidade de dar visibilidade ao problema e de melhorar a subnotificação dos casos de violência, que ainda representa apenas uma parte da realidade brasileira.
A importância do desenvolvimento de políticas públicas para o combate à violência também foi ressaltada. Segundo dados do Dossiê Mulher 2023, produzido pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), no estado do Rio de Janeiro, a cada hora, 14 mulheres sofrem algum tipo de violência. Além disso, o boletim da Rede de Observatórios da Segurança revelou que, em nível nacional, uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas, com 1.437 mortes por feminicídio registradas no país no ano anterior.
A mobilização contou com o apoio das secretarias municipal e estadual da Mulher, com a secretária estadual, Joyce Trindade, destacando a importância da conscientização sobre o tema. Ela ressaltou que a luta contra a violência precisa ser coletiva, e que cuidar de uma mulher é cuidar de toda a sociedade. A secretária estadual da Mulher, Heloisa Aguiar, enfatizou a importância de romper o ciclo da violência o mais rápido possível e procurar ajuda nos centros especializados de atendimento à mulher.
A campanha deste ano também busca mobilizar parcerias para investimentos na prevenção da violência contra mulheres e meninas. A luta contra a violência é uma realidade que afeta inúmeras famílias, e a conscientização e o enfrentamento do problema são fundamentais para garantir vidas livres de violência.