O objetivo deste ambicioso plano é desenvolver a infraestrutura, o comércio e as trocas estratégicas na região através de pelo menos cinco redes de conexão no continente. Estiveram presentes no evento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da Bolívia e Paraguai, e líderes dos bancos de fomento, além de ministros do governo brasileiro.
As cinco rotas principais propostas até o momento são: Ilha das Guianas, que conecta o norte do Brasil com Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela; Manta-Manaus, que liga o norte do Brasil com Colômbia, Equador e Peru; Quadrante Rondon, conectando Acre, Mato Grosso, Rondônia, Bolívia e Peru; Capricórnio, passando por Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Argentina, Chile e Paraguai; e Porto-Alegre-Coquimbo, unindo Rio Grande do Sul, Argentina, Chile e Uruguai.
De acordo com Simone Tebet, Ministra do Planejamento, após ouvir todos os estados de fronteira do Brasil e os ministros dos estados vizinhos, foi possível chegar a um pacto de integração, com a possibilidade real de concluir essas rotas até 2026. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância do Brasil investir esforços e recursos em um desenvolvimento conjunto com os países vizinhos da América do Sul.
Mercadante ressaltou que as exportações do Brasil para a América do Sul são de US$ 35,2 bilhões, superando as exportações para os Estados Unidos, que totalizaram US$ 28,7 bilhões. Por isso, o investimento em logística, estradas, ferrovias, pontes, integração energética, fibra ótica, serviços, turismo, emprego e renda para todos na América do Sul faz todo sentido, de acordo com o presidente do BNDES.
O anúncio deste plano de integração demonstra a disposição dos países sul-americanos em trabalhar juntos para fortalecer suas economias e relações internacionais. Com as rotas de integração planejadas e os investimentos dos bancos de fomento, a América do Sul está mais próxima de alcançar uma maior integração regional e o fortalecimento de suas posições diplomáticas no cenário internacional.