Senado aprova empréstimo de US$ 40 milhões para Maceió visando prevenção de catástrofes e estabilização de encostas

Nesta terça-feira (5), o Senado aprovou uma autorização de empréstimos no valor de US$ 40 milhões para a cidade de Maceió, junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). A medida é uma resposta aos problemas enfrentados por alguns bairros da capital alagoana, que sofrem com o afundamento do solo e o risco de colapso de uma mina devido à exploração de sal-gema pela indústria petroquímica Braskem. O Projeto de Resolução do Senado agora vai à promulgação.

O Fonplata é um banco de desenvolvimento internacional formado por Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Segundo o relator do projeto, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), os recursos do empréstimo serão utilizados para a prevenção de catástrofes e para a estabilização de encostas, o que diminuirá o número de habitantes expostos ao risco de deslizamento.

Além disso, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, esteve em Brasília para discutir formas de ajudar a população afetada pela desocupação de vários bairros sob risco de desabamento. Após reunião com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, ele anunciou o pagamento de um auxílio de R$ 2.640 para cerca de 6 mil pescadores e marisqueiras de Alagoas afetados pelo risco de colapso e desabamento da mina 18 da Braskem.

O governador também pleiteou a criação de uma mesa de acompanhamento, coordenada pela Advocacia-Geral da União (AGU), para garantir que a Braskem faça o pagamento de uma “indenização justa às famílias”. Paulo Dantas ressaltou que a empresa comprou os imóveis da região e pagou R$ 40 mil em indenização por imóvel, mas ainda assim, as vítimas não foram “plenamente indenizadas”.

A busca por soluções para amenizar a situação dos moradores afetados pelos problemas relacionados à exploração de sal-gema pela Braskem continua sendo uma preocupação das autoridades. O empréstimo aprovado pelo Senado é mais um passo nesse sentido, com os recursos sendo direcionados para a prevenção de catástrofes e a estabilização de encostas. A criação de uma mesa de acompanhamento, coordenada pela AGU, também representa um esforço para garantir os direitos das famílias afetadas.

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