Em pronunciamento nesta segunda-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, será convidado para a cúpula do G20, que ocorrerá em terras brasileiras no próximo ano. No entanto, Lula ressaltou que Putin precisará estar ciente das possíveis consequências de sua vinda, considerando que o Brasil é signatário do Tribunal Penal Internacional (TPI) e possui responsabilidades nesse sentido.
Durante uma coletiva de imprensa em Berlim, onde esteve ao lado do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente brasileiro afirmou: “Se Putin vier à reunião do G20 no Brasil, ele sabe o que pode acontecer.” Essa postura demonstra a complexidade da situação, uma vez que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Putin em março, acusando-o de ser responsável por crime de guerra relacionado à deportação ilegal de pelo menos 100 crianças da Ucrânia, após a invasão russa no país vizinho.
É importante ressaltar que essa medida implica que os 123 Estados-membros do tribunal têm a obrigação de prender Putin e transferi-lo para Haia para que seja julgado, caso o presidente russo pise em seus territórios. Portanto, a presença de Putin na cúpula do G20 no Rio de Janeiro no ano que vem não apenas estará cercada por questões diplomáticas complexas, mas também por questões legais decorrentes do mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional.
As especulações e discussões sobre a possibilidade da presença de Putin na cúpula do G20 certamente continuarão nos próximos meses, levando em consideração o contexto internacional e as implicações desse convite para o Brasil e demais países envolvidos. Assim, aguarda-se o desenrolar dos acontecimentos e a tomada de decisões por parte dos envolvidos nesse cenário complexo e delicado.
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