Eventos climáticos extremos afetam a maioria da população brasileira, aponta pesquisa do Instituto Pólis divulgada nesta segunda-feira.

Eventos climáticos extremos estão cada vez mais presentes na vida da população brasileira. Um levantamento encomendado pelo Instituto Pólis revelou que sete em cada dez pessoas já vivenciaram alguma situação dessa natureza. A pesquisa foi realizada de forma presencial em todas as regiões do país, entre os dias 22 e 26 de julho, e contou com a participação de 2 mil entrevistados.

De acordo com o estudo, as ocorrências mais impactantes foram chuvas muito fortes, que afetaram 20% dos entrevistados, seguidas por seca e escassez de água, que também atingiram 20% da população. Alagamentos, inundações e enchentes foram citados por 18% das pessoas. Outros eventos constrangedores incluíram temperaturas extremas, apagões de energia, ciclones e tempestades de vento, além de queimadas e incêndios.

A pesquisa também mostrou que a maioria esmagadora (98%) dos entrevistados expressou preocupação com a possibilidade de um novo evento climático extremo. A falta d’água ou seca foi o evento que mais gerou receio, com 34% das menções. Logo em seguida, vieram alagamentos, inundações e enchentes, com 23%, e queimadas e incêndios, com 18%. Também ficou evidente que o medo de ocorrências desse tipo é mais acentuado em certas classes sociais ou regiões específicas do país.

Além disso, a pesquisa revelou que 84% das pessoas apoiam investimentos em fontes renováveis de energia, enquanto 73% associam o petróleo à piora da crise climática. O carvão mineral e o gás fóssil também foram mencionados por 72% e 67% dos participantes, respectivamente.

O diretor executivo do Instituto Pólis, Henrique Frota, destacou a importância de se investir em fontes renováveis de energia. Ele ressaltou que os números da pesquisa indicam que os brasileiros querem priorizar esses investimentos como forma de combater as mudanças climáticas, e que as autoridades governamentais devem considerar esse posicionamento. A conclusão do estudo é clara: a população está preocupada com os eventos climáticos extremos e deseja uma atuação mais efetiva das autoridades para lidar com essas situações.

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