Os dados fazem parte da 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, que avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, correspondendo a 67.659 quilômetros da malha federal e 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais.
A pesquisa avalia o estado geral das rodovias levando em consideração as características do pavimento, sinalização e geometria da via. De acordo com a CNT, em 2023, 56,8% do pavimento, 63,4% da sinalização e 66% da geometria das vias foram avaliados como regular, ruim e péssimo. Esses percentuais estão próximos aos registrados no ano anterior.
A entidade destacou a necessidade de investimentos contínuos para a reconstrução, restauração e manutenção das rodovias do país. Ela enfatizou que houve uma redução de 4,5% nos investimentos em infraestrutura no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024 em comparação com o ano anterior. A CNT está buscando aumentar a dotação por meio de emendas para intervenções prioritárias.
Outro ponto levantado pela pesquisa foi o impacto da falta de qualidade da pavimentação das rodovias no preço do frete e, consequentemente, no preço dos produtos para o consumidor final. Segundo a CNT, a queima de uma quantidade desnecessária de óleo diesel resultará na emissão de milhões de toneladas de gases poluentes na atmosfera.
O estudo também apontou que as rodovias concessionadas tiveram uma avaliação mais favorável do que as rodovias públicas, apresentando menor percentual de avaliações negativas. Pontos críticos registrados incluem quedas de barreiras, erosões nas pistas, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas.
A entidade classifica a eliminação de 2.684 pontos críticos como prioritária, incluindo 207 quedas de barreiras, cinco pontes caídas, 504 erosões nas pistas, 1.803 buracos grandes, 67 pontes estreitas, entre outros.