O novo ministro
O presidente eleito, Javier Milei, anunciou o nome de Luis Caputo para assumir o cargo de ministro das Finanças e presidente do Banco Central. Caputo já ocupou essas posições na gestão de Macri, período em que foi firmado o empréstimo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) atualmente em vigor. Esse empréstimo impõe ao país regras rígidas de ajuste fiscal e deixou como legado o empréstimo mais extenso da história argentina, um bônus de 100 anos qualificado como “desastroso” pela Auditoria Geral da Nação.
Formado em economia pela Universidade de Buenos Aires, Caputo possui vasta experiência no setor financeiro, tendo atuado no JP Morgan e Deutsche Bank, onde chegou a presidir a filial argentina. Além disso, ele é o fundador do Axis, seu próprio fundo de investimentos. Seus admiradores destacam o fato de que ele propiciou a chegada dos recursos necessários para enfrentar o déficit fiscal, além de sua boa interlocução com o mercado financeiro dos EUA.
No entanto, o futuro ministro teve seu nome envolvido no caso dos Paradise Papers, documentos vazados em 2017 que apontam investimentos em paraísos fiscais. Por conta disso, Caputo teve que se apresentar ao Congresso para dar explicações sobre seu vínculo não declarado com empresas offshore.
Bullrich na Segurança
Embora fontes da coalizão A Liberdade Avança tenham informado à imprensa argentina que Patricia Bullrich, candidata derrotada no primeiro turno e apoiadora de Milei no segundo, será ministra da Segurança, o presidente eleito não confirmou a informação após retornar dos EUA. Questionado sobre o assunto numa entrevista a uma rádio, Milei foi evasivo e afirmou que as definições serão conhecidas no dia 10 de dezembro.
Embaixadores nos EUA e no Brasil
Milei confirmou que Gerardo Whertein será o embaixador argentino nos Estados Unidos. Além disso, ratificou a continuidade de Daniel Scioli na Embaixada Argentina no Brasil, em declarações a uma emissora de rádio.
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