A organização do evento destaca a importância das favelas como agentes de mudança e transformação social, e vê a celebração do hip hop como uma forma de reverenciar os movimentos culturais que se tornaram pilares de resistência nessas áreas.
O hip hop teve origem em uma festa organizada no Bronx, em Nova Iorque, onde foram unidos pela primeira vez o rap, o break, o graffiti e o DJ. No Brasil, a cultura hip hop ganhou força como forma de resistência na década de 80, encontrando na estação de Metrô São Bento, em São Paulo, um importante local de reunião e expressão.
A programação do festival incluiu a Batalha de B-Boys e B-Girls pela manhã, com acrobacias e coreografias apresentadas por dois grupos, acompanhadas pelos DJs Ninja, Rooneyoyo, Zulu e Rock Master. Também de manhã, grafiteiras participaram da Live Paint Graffiti, mostrando seu talento e representatividade na cultura hip hop. A Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop, que busca o reconhecimento da cultura hip hop pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), também marcou presença no evento.
No período da tarde, houve uma competição de spoken word, onde os participantes tiveram a oportunidade de apresentar suas poesias diante de um júri popular. O evento se encerrou com a discotecagem da DMC Brasil, celebrando a cultura dos DJs, festas, bailes e discos de vinil.
O festival foi uma oportunidade para celebrar e reconhecer a importância do hip hop e das manifestações culturais das favelas, reforçando o papel dessas comunidades na construção de uma sociedade mais inclusiva e diversa.