Rumo à aprovação da PEC que tramita no Senado
Para entender melhor a situação, é preciso analisar os pontos que a PEC aborda. De acordo com a proposta, o texto estabelece que as decisões do STF só terão eficácia após o trânsito em julgado, ou seja, somente após o esgotamento de todos os recursos possíveis. No entanto, essa regra não é novidade, uma vez que a legislação atual já prevê a mesma condição para a execução das decisões judiciais.
Além disso, a PEC sugere que o Congresso Nacional poderá editar uma lei complementar que discipline a tramitação dos recursos extraordinários perante o STF. No entanto, a legislação existente já prevê a possibilidade de o Congresso editar normas que regulamentem processos e procedimentos no âmbito do sistema judiciário.
Diante disso, é compreensível o posicionamento dos ministros e especialistas, que enxergam a PEC como uma iniciativa de formalizar procedimentos que já são adotados na prática. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou que a proposta poderia até mesmo tornar mais eficiente o trabalho do tribunal, principalmente no que diz respeito à segurança jurídica.
Portanto, é importante destacar que, apesar das discussões acerca da redução dos poderes do STF, a PEC em questão não traz elementos que comprometam o funcionamento da corte. Pelo contrário, parece ser uma forma de reafirmar as regras que já estão em vigor, buscando aprimorar o sistema jurídico brasileiro.