As declarações de Barroso foram feitas durante um encontro com parlamentares da bancada negra da Câmara dos Deputados, em celebração ao Dia da Consciência Negra. O ministro também destacou as conquistas do movimento negro, citando as decisões da Corte que validaram as cotas raciais nas universidades públicas.
Além disso, Barroso ressaltou que a eficiência na política de combate às drogas deve estar focada nos grandes carregamentos, no rastreamento do dinheiro e no policiamento de fronteiras, e não na prisão de jovens em situação de vulnerabilidade. Ele também mencionou que a descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal conta com cinco votos favoráveis no STF, mas teve seu julgamento suspenso em agosto, sem previsão de retomada.
O ministro destacou que celebrar o Dia da Consciência Negra é uma forma de reconhecer os avanços conquistados, especialmente no que diz respeito às ações afirmativas. Segundo Barroso, muito pouca gente consegue ser contra essas ações no espaço público, o que demonstra um grande avanço.
Diante das críticas do ministro Barroso, fica evidente a necessidade de repensar a política de combate às drogas no Brasil, a fim de evitar a criminalização e encarceramento em massa de jovens negros e promover a eficácia no combate ao tráfico. A atuação do Supremo Tribunal Federal neste cenário é crucial, mas ainda há questões em suspenso que aguardam decisões que possam impactar diretamente a realidade das comunidades mais vulneráveis do país.