Deputada Carla Zambelli nega contratação de hacker para invadir sistema do CNJ em depoimento à PF

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) compareceu à Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento sobre as acusações de que teria contratado o hacker Walter Delgatti Neto para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça. Em seu depoimento, Zambelli negou veementemente as acusações, afirmando que não contratou o hacker para cometer tais atos.

As acusações contra Zambelli surgiram após Walter Delgatti afirmar à PF que a deputada teria pago R$ 40 mil para que ele invadisse sites do poder judiciário, incluindo o Banco Nacional de Mandados de Prisão do CNJ. No entanto, Zambelli alega que contratou Delgatti apenas para criar um site para ela, pagando um valor bem inferior, de apenas R$ 3 mil. Além disso, um ex-assessor da parlamentar também teria pago R$ 10 mil ao hacker para a suposta compra de garrafas de uísque.

A deputada também admitiu ter levado Delgatti para uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro para discutir a segurança das urnas eletrônicas. No entanto, ela também fez questão de inocentar Bolsonaro em relação à suposta relação com o hacker.

Esta não é a primeira vez que Carla Zambelli se encontra no centro de uma investigação policial. Em agosto deste ano, a deputada foi alvo de uma operação de busca e apreensão realizada pela PF.

Por sua vez, Walter Delgatti ficou conhecido por hackear os celulares de procuradores da operação Lava Jato em um caso que ficou conhecido como vaza-jato.

As declarações de Zambelli e as acusações de Delgatti levantam diversas questões e levam a uma série de incertezas sobre o envolvimento da deputada federal com atividades ilegais. As investigações continuam e é necessário aguardar novos desdobramentos para esclarecer completamente a situação.

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