Eventos climáticos extremos associados à exploração econômica dos biomas são tema de audiência pública na CDH do Senado.




Artigo de Jornal – Agravamento dos Eventos Climáticos Extremos

Especialistas em meio ambiente ouvidos em audiência pública da
Comissão de Direitos Humanos (CDH)
nessa
segunda-feira (13)
associaram o agravamento dos eventos climáticos extremos à exploração econômica dos biomas e cobraram a formulação de políticas públicas de enfrentamento às mudanças no clima com maior protagonismo das populações mais atingidas em seus direitos fundamentais.

Representando o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
(Ipam Amazônia)
, Ane Alencar apresentou dados sobre a vulnerabilidade do bioma amazônico à ação humana, especialmente
por 
incêndios induzidos.
Ela citou que, apesar de a presente situação de estiagem favorecer as queimadas, houve uma redução importante do desmatamento em relação ao ano passado — ainda assim, são grandes os
impactos das queimadas sobre a qualidade do ar e da saúde,
pontuou
.

— As consequências são enormes para o meio ambiente, mas principalmente para as pessoas que estão sem água boa para beber, sem comida, sem transporte e expostas a todo tipo de doenças.

A
prefeita de Jandaíra (RN), Marina Dias Marinho, mencionou os benefícios econômicos e sociais da geração eólica na Caatinga, mas lamentou a falta de atenção sobre o impacto negativo da expansão dessa atividade.
Lembrando que seu município tem o número “alarmante” de um aerogerador por 70 habitantes, ela citou consequências
da atividade energética
que incluem desmatamento de áreas conservadas, ameaça às abelhas nativas, supervalorização imobiliária, prostituição e gravidez precoce,
e cobrou um modelo descentralizado de diálogo com a sociedade civil.

— Não adianta a gente ter um novo meio de produzir energia que tenha uma fonte não fóssil se continua causando os mesmos impactos sociais e ambientais de outros meios —
protestou.


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