De acordo com o requerimento para a criação da comissão, ainda havia mais de 11 mil imóveis na cidade sem energia na manhã de hoje, resultado da tempestade da última sexta-feira. A empresa privada havia prometido restabelecer o fornecimento até ontem, entretanto, não cumpriu o prazo estabelecido. O vereador João Jorge (PSDB) foi o responsável por apresentar o requerimento da CPI, justificando a abertura da investigação devido ao prolongado tempo para o restabelecimento da energia e os danos causados aos moradores do município.
O requerimento da CPI ainda ressalta que a concessionária teria reduzido seu quadro de pessoal e atrasado o cronograma de investimentos. Segundo o texto, a empresa reduziu em 36% seu quadro de funcionários desde dezembro de 2018, quando adquiriu o controle da antiga Eletropaulo, enquanto as reclamações sobre o serviço prestado aumentaram no período. A instalação da CPI está agendada para amanhã, na Câmara Municipal, e terá sete integrantes, sendo presidida pelo vereador João Jorge.
A Enel Distribuição São Paulo ainda não se manifestou sobre a criação da CPI. Além disso, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, uma CPI já havia sido criada em maio para apurar possíveis irregularidades na prestação de serviços de energia elétrica pela Enel na região metropolitana. O diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, foi convocado para ser ouvido pela CPI da Alesp na próxima semana.
A criação da CPI demonstra a insatisfação em relação aos serviços da Enel Distribuição São Paulo e a necessidade de investigar possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas pela concessionária. A população aguarda por respostas e soluções para os problemas enfrentados.