O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ressaltou a importância desse mecanismo diante da transnacionalização do crime organizado, especialmente em relação à lavagem de dinheiro, que é um tema essencialmente transnacional, envolvendo cripto ativos. Além disso, Dino também mencionou uma conversa recente com o presidente da Interpol, na qual discutiram a intensificação da cooperação policial sobre os crimes cibernéticos, incluindo o uso de cripto ativos.
A constituição da Ameripol terá como um dos temas prioritários o combate à lavagem de dinheiro, tendo como secretário-geral o diretor-geral da Polícia Federal do Brasil, delegado Andrei Rodrigues. Em paralelo a esses esforços, o ministro Flávio Dino e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, assinaram um acordo de cooperação técnica para a criação do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), com foco no combate à lavagem de dinheiro por grupos criminosos, em especial as chamadas narcomilícias.
Flávio Dino enfatizou ainda que os resultados no combate ao crime organizado dependerão desse ajuste institucional e da colaboração entre os órgãos competentes. Além disso, destacou a importância da parceria com o governo do Rio de Janeiro para o enfrentamento das narcomilícias.
O ministro ressaltou também que, devido à transnacionalidade dos crimes, o que acontece no Brasil tem repercussão direta nos países fronteiriços e vice-versa. Diante desse contexto, a criação da Ameripol e a estreita colaboração entre as forças de segurança dos países da região podem contribuir significativamente para o combate efetivo ao crime organizado, especialmente no que diz respeito à lavagem de dinheiro e à atuação das narcomilícias.