As imagens, que estarão disponíveis para visitação gratuita até o dia 30 de novembro, podem ser apreciadas pelos interessados de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. O Instituto Marielle Franco foi criado pela família de Marielle e tem como missão potencializar mulheres negras, pessoas LGBTQIA+ e periféricas.
Monica Benicio, que é viúva de Marielle, foi eleita para o mesmo cargo em 2020 e é a atual líder da bancada do PSOL na Câmara Municipal. Segundo ela, a exposição é uma forma de manter viva a memória de sua companheira e sua luta incansável por direitos humanos. A mostra já passou pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e agora chega à Câmara Municipal, local onde Marielle exerceu seu mandato até ter sua vida interrompida por um crime brutal.
Marielle Franco foi a quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro nas eleições de 2016 e estava em seu primeiro mandato quando foi assassinada. Ela voltava de uma atividade política quando o carro em que estava foi alvo de tiros disparados a partir de outro veículo. Além de Marielle, o motorista Anderson Gomes também perdeu a vida. Dois ex-policiais, Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, estão presos como acusados de serem os executores, porém, os mandantes do crime ainda são desconhecidos. As investigações continuam em andamento.
Embora já esteja acessível ao público, a exposição terá sua inauguração oficial no dia 17 de novembro. Nessa ocasião, a vereadora Monica Benicio entregará o 1º Prêmio de Cria pra Cria, que busca descolar da favela a imagem de território estigmatizado pela violência e ressignificá-lo a partir de uma perspectiva artística. O evento acontecerá no plenário da Câmara Municipal e homenageará mais de 40 artistas, coletivos e mobilizadores favelados da área cultural.
A exposição fotográfica sobre Marielle Franco é uma oportunidade de conhecer e refletir sobre a trajetória dessa importante figura política e sua luta pelos direitos humanos. Além disso, a mostra reforça a importância de se manter viva a memória de Marielle e continuar cobrando por justiça em relação ao seu assassinato.