O senador Paulo Paim (PT-RS) fez questão de enfatizar, em um pronunciamento feito nesta segunda-feira (23), a importância crucial de combater a fome no nosso país. Ele ressaltou que, ao longo dos séculos, a realidade do Brasil tem sido a falta de acesso regular a uma alimentação adequada por parte da população, mesmo que o país seja rico em recursos naturais e apresente um grande potencial agrícola. O parlamentar defendeu veementemente a necessidade de assegurar que a população tenha acesso à alimentação e também ressaltou a importância de reduzir o desperdício de alimentos.
“Precisamos abordar esse problema de forma integral e cooperativa se quisermos combatê-lo de maneira eficaz: ou resolvemos a questão da fome ou continuamos a alimentar as estatísticas de sofrimento, dor e infelicidade. É importante frisar que o combate à fome é uma questão de Estado, de governos, está previsto na Constituição cidadã e é uma questão de justiça social. Mas o que é justiça social? É uma construção baseada na igualdade de direitos, na solidariedade coletiva, na disposição em ajudar o próximo. Quando se trata de crescimento e desenvolvimento, é a interseção entre o aspecto econômico e o social”, afirmou o senador em seu pronunciamento.
O senador também mencionou uma série de audiências públicas que ocorreram em 2023 na Comissão de Direitos Humanos (CDH), em colaboração com o Instituto DataSenado, que coletou informações através de pesquisas de campo.
Além disso, Paim destacou o Programa Bolsa Família, que celebrou seu vigésimo aniversário e desempenha um papel fundamental no combate à fome e na redução das desigualdades no país. Ele citou estudos que apontaram os impactos positivos que o programa teve na diminuição da mortalidade infantil, no aumento da autoestima das pessoas e no desenvolvimento econômico do Brasil.
“Alguns setores da sociedade e do governo têm feito a sua parte ao aumentar a consciência das pessoas sobre a importância da educação alimentar, da justa distribuição de recursos e da redução do desperdício. No entanto, sozinhos, não vamos chegar a lugar algum. Portanto, o nosso trabalho, assim como o de todos nós, deve ser coletivo. O horizonte que almejamos está alicerçado no esforço de todos: governos, nosso povo, nossa gente, a sociedade civil e o setor privado. Isso é algo óbvio quando se trata de resolver problemas nacionais como este. Sabemos que a estrada é longa, mas estamos fazendo o nosso melhor para proporcionar dignidade a todos os brasileiros”, concluiu Paim.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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