Resende foi morto durante um confronto com policiais civis em uma favela de Santa Cruz, bairro localizado na zona oeste do Rio de Janeiro. Em represália à morte do líder, os criminosos atearam fogo em 35 ônibus, em ação que foi considerada a maior já registrada em um único dia na cidade.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou que 12 pessoas foram presas pelo incidente e serão encaminhadas para presídios federais, sendo acusadas de ações terroristas. Castro ressaltou: “E esses criminosos já estão presos por ações terroristas. E como ações terroristas, estarão sendo encaminhados imediatamente para presídios federais, porque lá é local de terrorista”.
Matheus da Silva Resende era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, líder do principal grupo miliciano que atua no Rio desde 2021. Segundo a polícia, Resende ocupava a segunda posição na hierarquia desse grupo.
Os atentados aconteceram em um momento em que as forças de segurança locais contam com o auxílio da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal para lidar com o aumento da criminalidade.
Os incêndios provocaram impactos na circulação dos ônibus, principalmente na zona oeste do Rio de Janeiro, região mais populosa da cidade. As linhas do corredor Transoeste foram interrompidas por questões de segurança pública, de acordo com a MobiRio.
O porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente, destacou a inação do Estado diante desses atos de violência extrema e ressaltou que o direito de ir e vir do cidadão está sendo esquecido. Ele pediu que as autoridades tomem uma providência com urgência para resolver essa situação.
Diante dos ataques, a prefeitura do Rio de Janeiro decretou estágio de atenção e suspendeu as aulas nas escolas municipais da zona oeste.
É importante destacar que essas informações foram publicadas pela CNN, com a colaboração dos jornalistas Tiago Tortella, João Victor Azevedo, Catarina Nestlehner, Letícia Cassiano e Marcos Rosendo.