A live em questão foi transmitida nas redes sociais e atraiu a atenção de milhares de espectadores. Durante o evento, Bolsonaro e Braga Netto, então chefe do Estado-Maior do Exército, discutiram diversos assuntos, incluindo temas políticos. A ação de investigação eleitoral, movida por um dos adversários políticos de Bolsonaro, afirmava que houve propaganda eleitoral antecipada e abuso de poder político na transmissão ao vivo.
No entanto, a maioria dos ministros do TSE entendeu que não houve irregularidade na live. Segundo eles, apesar da discussão de temas políticos, não ficou caracterizado o uso eleitoral da transmissão. Os ministros ressaltaram que a defesa de uma ideia ou projeto político durante uma live não configura propaganda eleitoral antecipada, desde que não haja o pedido explícito de votos.
Para embasar a decisão, os ministros também destacaram que o evento ocorreu antes do período permitido para a propaganda eleitoral, estabelecido pela legislação eleitoral. Além disso, ressaltaram que o Palácio do Alvorada é uma residência oficial e que, portanto, o ex-presidente estava no exercício de suas funções no momento da live.
A decisão do TSE provocou reações distintas. Enquanto os aliados de Bolsonaro comemoraram a rejeição da ação, seus adversários políticos criticaram o entendimento dos ministros. Para estes, a transmissão ao vivo foi uma clara tentativa de antecipar a campanha eleitoral e usar a estrutura do governo a seu favor.
Nos próximos meses, o Brasil se prepara para uma nova eleição presidencial. Dessa forma, o TSE deverá enfrentar uma série de ações semelhantes, questionando a conduta dos candidatos pré-campanha. Como órgão responsável pela lisura do processo eleitoral, espera-se que o tribunal continue avaliando cada caso de forma cautelosa, levando em consideração os parâmetros legais e a realidade política do país.