Segundo o relatório, Bolsonaro deve ser indiciado por associação criminosa, violência política, abolição do estado democrático de direito e golpe de Estado. A relatora destacou a responsabilidade direta do ex-presidente como mentor moral dos ataques, afirmando que ele “descredibilizou o processo eleitoral ao longo de sua carreira política”. A relatora também mencionou a atuação do hacker Walter Delgatti Neto e uma reunião de Bolsonaro com embaixadores sobre as eleições.
A senadora ressaltou, no início do relatório de mais de 1.300 páginas, que os atos de vandalismo foram o maior ataque à democracia da história recente, classificando os invasores como vândalos e pessoas inconformadas com o resultado das eleições de 2022. Ela também citou outros incidentes relacionados, como a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal e a colocação de uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília.
Além de Bolsonaro, a relatora da CPMI pediu o indiciamento dos generais Walter Braga Neto, ministro da Defesa, e Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro. A leitura do parecer continua no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
Essas conclusões do relatório geraram grande repercussão e agora a população aguarda ansiosamente pela votação que deve ocorrer nesta quarta-feira. Caso aprovado, o indiciamento de Bolsonaro pode ter graves consequências políticas e legais. De um lado, há aqueles que defendem a responsabilização do ex-presidente pelos ataques à democracia e consideram o indiciamento um importante passo para a justiça ser feita. Por outro lado, há críticas sobre a imparcialidade da CPMI, considerada por alguns como uma forma de perseguição política.
Independentemente das visões divergentes sobre o caso, o relatório da CPMI promete ser um dos assuntos mais debatidos nos próximos dias, podendo influenciar decisivamente o futuro político do país. Mais informações serão divulgadas em breve.