A jovem Shaed Albanna, de 18 anos, está entre os dez brasileiros que pedem repatriação e estão abrigados na escola. No total, cerca de 30 pessoas encontram-se nesse lugar buscando proteção. Shaed viajou com sua irmã, de 13 anos, para Gaza para visitar a mãe, que estava doente e acabou falecendo de câncer. Agora, elas estão acompanhadas pela avó e sofrem com medo e preocupação. “A escola não é mais um lugar seguro. Os israelenses estão entrando pelo país, todo mundo está saindo fugindo. Eu não quero morrer”, desabafou Shaed, visivelmente emocionada.
A situação na Faixa de Gaza é crítica, com Israel informando às Nações Unidas que a região norte, onde vivem cerca de 1,1 milhão de pessoas, deve ser evacuada em um prazo de 24 horas. Essa ordem tem preocupado a Organização Mundial da Saúde (OMS), que apela para que seja revista, pois considera que não há tempo hábil para retirar todas as pessoas e teme o agravamento da crise humanitária. O Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência, Martin Griffiths, afirmou que é assustador pensar nas consequências humanitárias dessa evacuação.
Diante desse cenário delicado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em contato com o presidente de Israel, Issac Herzog, na tentativa de abrir um corredor humanitário que permita a saída das pessoas da Faixa de Gaza. Lula demonstrou preocupação com a situação e apelou para a necessidade de proteger a vida dessas pessoas.
É importante ressaltar que, até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil não confirmou a informação sobre a necessidade de evacuação imediata da escola onde os brasileiros estão abrigados. No entanto, a situação continua delicada e incerta, colocando em risco a vida dessas pessoas que buscam refúgio e proteção.
Diante desse contexto, é fundamental que medidas urgentes e eficazes sejam tomadas para garantir a segurança e o bem-estar dos brasileiros e de todas as pessoas que se encontram em situação vulnerável na Faixa de Gaza. É preciso que os organismos internacionais atuem de forma conjunta para encontrar soluções humanitárias e evitar tragédias maiores nessa região afetada por conflitos e violência.