Área próxima a escola de brasileiros em Gaza é bombardeada, grupo aguarda ação do governo brasileiro para retirá-los em segurança

Na manhã desta sexta-feira, dia 13 de outubro, uma área próxima a uma escola na cidade de Gaza foi bombardeada, colocando em risco a segurança de 19 brasileiros que se encontravam no local. O grupo aguarda a ação do governo brasileiro para serem retirados da região, que se tornou perigosa desde que Israel deu um ultimato de evacuação para a área norte da Faixa de Gaza. Dos 19 brasileiros, dez manifestaram o desejo de retornar ao Brasil.

Uma das brasileiras presentes na escola, Shahed Albanna, de 18 anos, enviou um áudio à nossa reportagem, onde é possível ouvir o som das bombas explodindo nas proximidades. Em seguida, ela encaminhou um vídeo, mostrando as pessoas abrigadas em um único cômodo da escola, buscando se proteger dos possíveis ataques.

A embaixada brasileira em Ramala, na Cisjordânia, relatou que o ônibus demorou a chegar até a escola por conta dos bombardeios que ocorreram no trajeto. Por esse motivo, o veículo chegou bastante tarde e, devido ao perigo da viagem durante a noite, os brasileiros permanecerão na escola e viajarão para fora de Gaza na madrugada de sábado, considerando o horário de Brasília.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil informou que a embaixada brasileira em Tel Aviv fez uma solicitação formal ao Governo de Israel, pedindo que não bombardeie a escola onde se encontram os cidadãos brasileiros.

Além disso, o MRE divulgou uma informação sobre a existência de outro grupo de brasileiros que deseja sair da região de Gaza, mais especificamente na cidade de Khan Younis, que faz fronteira com o Egito. Entre os brasileiros que se encontram nesse grupo está Hasen Rabee, um palestino-brasileiro que está aguardando uma oportunidade para deixar o local.

Israel emitiu uma ordem para que a região norte da Faixa de Gaza, onde há uma população de 1,1 milhão de pessoas, seja evacuada em um período de 24 horas. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou para que essa ordem seja revista, alegando que não há tempo suficiente para retirar todos os habitantes. A OMS teme uma escalada na crise humanitária que já se encontra presente na área.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente de Israel, Issac Herzog, na quinta-feira, dia 12 de outubro, e pediu a abertura de um corredor humanitário que permita as pessoas saírem da Faixa de Gaza. A situação continua tensa e preocupante, e espera-se que medidas sejam tomadas o mais rápido possível para garantir a segurança dos brasileiros em meio a esse cenário de conflito.

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