Polícia encontra corpos de suspeitos em caso de médicos mortos no Rio; miliciano confundido é possível motivo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou, nesta sexta-feira (6), os corpos de quatro suspeitos de realizar o ataque a tiros que resultou na morte de três médicos ortopedistas e deixou um ferido na madrugada de quinta-feira (5). As investigações indicam que o crime foi cometido por traficantes que confundiram um dos médicos, Perseu Ribeiro Almeida, com o filho de um miliciano.

De acordo com o analista da CNN Leandro Resende, a execução encomendada seria a de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de um dos principais chefes da milícia que atua na zona oeste do Rio, Dalmir Pereira Barbosa. Os corpos dos suspeitos apresentavam ferimentos de disparos de arma de fogo e facadas e foram encontrados em dois carros, localizados em pontos diferentes da zona oeste. Um dos mortos estava no porta-malas de um veículo na Praça da Gardênia, na Gardênia Azul, enquanto os outros três estavam em outro carro, em uma rua próxima ao Riocentro.

Conforme informações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o corpo encontrado na Gardênia Azul pode ser de um traficante conhecido como Lesk, que teria migrado da milícia para o Comando Vermelho após a entrada do tráfico na região. Os investigadores acreditam que ele teria sido o responsável por ordenar o ataque contra os médicos.

Os médicos foram baleados em um quiosque na Barra da Tijuca, na avenida da praia, e foram socorridos pelos bombeiros. Infelizmente, três deles, Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), morreram no local. Um outro médico ainda está internado.

O crime chocou a cidade do Rio de Janeiro, e o caso ganhou grande repercussão. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, solicitou que a Polícia Federal acompanhe a investigação. A deputada Sâmia Bomfim, irmã de uma das vítimas, é casada com o também deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

O grupo de médicos estava na cidade para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, evento que conta com o apoio da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade à qual os médicos pertenciam.

A polícia continua as investigações para esclarecer todos os detalhes do ocorrido e identificar os responsáveis pelo ataque. A preocupação com a crescente violência no Rio de Janeiro é evidente, e é necessário que as autoridades competentes tomem medidas para garantir a segurança da população e a punição dos criminosos envolvidos.

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