Brasil assume presidência do Conselho de Segurança na ONU para defender importância das instituições regionais e multilaterais.

O Brasil assumiu, no último domingo (1º), a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), um dos órgãos mais importantes da organização. Com duração de um mês, essa função traz a responsabilidade de conduzir as discussões e buscar soluções para questões de segurança e paz mundial.

Um dos principais temas que o Brasil vai defender durante sua presidência é a importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais na prevenção, resolução e mediação de conflitos. O objetivo é promover discussões e ações que visem evitar a eclosão de conflitos, fortalecendo a diplomacia como ferramenta fundamental nesse contexto.

Segundo o secretário de Assuntos Multilaterais e Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Cozendey, o reforço da diplomacia bilateral, regional e multilateral é essencial para prevenir conflitos. Ele citou como exemplo o tratado de Tlatelolco, estabelecido em 1967 pelos países da América Latina e Caribe, que tem como objetivo garantir a não proliferação de armas nucleares nessa região.

Além disso, a presidência brasileira do Conselho de Segurança também discutirá outros temas relevantes, como a possível missão de apoio às forças de segurança do Haiti, a manutenção da missão da ONU nas negociações de paz na Colômbia e questões relacionadas à guerra entre Ucrânia e Rússia.

Vale ressaltar que o Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), que possuem poder de veto, e um grupo de 10 membros não permanentes com mandatos de dois anos. Atualmente, o Brasil ocupa uma das vagas não permanentes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido a reforma das instituições de governança global e reivindicado um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança. Ele ressalta que entidades internacionais mais representativas poderiam impor punições a países que não cumprissem seus compromissos em questões climáticas e contribuiriam para combater as desigualdades no mundo.

Durante o período da presidência brasileira, estão previstos diversos eventos, como uma audiência sobre a importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais na prevenção de conflitos, um debate aberto sobre o Oriente Médio e outro sobre Mulheres, Paz e Segurança. Também será realizado um diálogo entre o Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana.

Em suma, a presidência brasileira do Conselho de Segurança das Nações Unidas visa promover discussões e ações que contribuam para a prevenção e resolução de conflitos, fortalecendo o papel das instituições regionais e multilaterais. O Brasil defende a reforma das instituições de governança global e busca maior representatividade e eficácia no Conselho de Segurança, a fim de promover a paz e a segurança internacionais.

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