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Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro alcança marca expressiva de usuários cadastrados para uso da medicação PrEP contra o HIV

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro atingiu um feito notável neste ano ao cadastrar um total de 6.360 usuários para o serviço de saúde de pré-exposição ao HIV, com 4.524 pacientes sendo atendidos na rede pública. De acordo com a Secretaria, esse número representa um avanço significativo na elaboração de políticas públicas para a prevenção do vírus. A PrEP (profiltaxia pré-exposição ao HIV) pode ser prescrita por qualquer unidade de atenção primária, como clínicas da família e centros municipais de saúde, e é realizada em 166 unidades após avaliação médica. Mais de 7,7 mil medicamentos já foram fornecidos até o momento na cidade.

Para garantir que a população alvo tenha acesso a esse tratamento, a rede municipal de saúde do Rio de Janeiro aumentou o número de unidades que oferecem a medicação para 166, um salto significativo em relação às três unidades disponíveis em 2020. Além disso, o Centro Municipal de Saúde Rocha Maia, localizado em Botafogo, passou a oferecer o serviço em horário estendido, das 7h às 22h, todos os dias da semana, atendendo os usuários sem a necessidade de agendamento.

“A expansão desse serviço é um marco crucial na promoção da saúde e um avanço significativo na estratégia de prevenção ao HIV. Os pacientes que precisam da PrEP têm seu acesso garantido, o que proporciona uma melhor qualidade de vida. Ter um centro municipal com horário de funcionamento diferenciado pode fazer toda a diferença na vida dos usuários, que por algum motivo não conseguem comparecer às unidades que funcionam apenas durante o horário comercial”, ressaltou Larissa Terrezo, superintendente de Atenção Primária da SMS.

A PrEP consiste no uso de medicação antirretroviral por pessoas não infectadas pelo HIV, mas que estão altamente vulneráveis ao vírus. Isso inclui casais em que um dos parceiros vive com o HIV, pessoas que fazem sexo com homens, pessoas transgênero, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e profissionais do sexo. A indicação da PrEP é feita após avaliação médica, levando em consideração o risco de infecção. O objetivo dessa profilaxia é reduzir o risco de infecção pelo vírus, com o uso diário de um comprimido. É importante ressaltar que a medicação não previne outras infecções sexualmente transmissíveis e deve ser combinada com outras formas de prevenção.

Além da PrEP, existe também a PEP (profilaxia pós-exposição), que consiste no uso de medicamentos antirretrovirais por 28 dias após uma exposição ao vírus. Essa exposição pode ocorrer por meio de relações sexuais desprotegidas, situações de violência sexual ou acidentes com material biológico. Caso uma pessoa seja exposta ao HIV, é importante que ela procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e realização de testes rápidos. Dependendo do resultado e da avaliação de risco feita pelo profissional de saúde, pode ser recomendado o uso da medicação de PEP. Todas as unidades de saúde do município do Rio de Janeiro estão equipadas com os medicamentos e testes necessários para realizar esse procedimento.

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