O presidente da Urihi Associação Yanomami, Junior Hekurari, ressaltou a importância de que as autoridades investiguem de forma rigorosa os fatos apresentados. Ele acrescentou que a filmagem teria ocorrido na região de Surucucu, onde há atividade de garimpo ilegal há aproximadamente três anos.
No vídeo, é possível ouvir os garimpeiros acusando as crianças de roubo e questionando sobre a existência de uma arma. No entanto, as crianças negam as acusações. Diante da gravidade do caso, dezenas de yanomamis se mobilizaram para resgatar as vítimas, o que resultou em disparos de tiros.
O Ministério Público Federal confirmou o recebimento da representação da Hutukara Associação Yanomami, relatando a violência sofrida pelas crianças e pelo adolescente na mão dos garimpeiros. Diante disso, o procurador responsável pelo caso tomou providências imediatas, acionando órgãos como a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Exército.
A situação descrita nessa denúncia escancara a grave e crescente problemática do garimpo ilegal em terras indígenas. Além das consequências ambientais, que são extremamente prejudiciais, como a contaminação dos rios e a destruição de áreas de floresta, os garimpeiros têm protagonizado uma série de violações de direitos humanos contra os povos tradicionais.
É fundamental que as autoridades competentes ajam de forma enérgica e rápida para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos nesse ato de violência. As comunidades yanomamis têm o direito de viver em paz, respeitando suas tradições e cultura milenar. A proteção e garantia dos direitos dos povos indígenas devem ser prioridades em uma sociedade que preza pela justiça e igualdade.