Se o pedido da PGR for aceito pelo STF, os acusados passarão a responder por cinco crimes: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, além de deterioração de patrimônio tombado.
Durante as investigações, foram coletadas 1.388 amostras biológicas de homens e mulheres que estavam presos no sistema penitenciário do Distrito Federal. Essas amostras foram comparadas com as impressões digitais encontradas nos objetos pessoais abandonados durante a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do STF.
Os peritos da PF encontraram durante a perícia meias, camisas, toalha de rosto, batom, barras de metal, garrafas de água, latas de refrigerante, bitucas de cigarro e até mesmo marcas de sangue. Segundo o subprocurador da República Carlos Frederico Santos, responsável pela investigação, essas provas são essenciais para comprovar o envolvimento dos acusados na execução dos atos.
“Com base nessas provas, podemos afirmar com segurança que, mesmo que essas pessoas não tenham sido detidas em flagrante no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto ou no STF, elas estiveram nesses locais e agiram como executoras dos crimes multitudinários”, afirmou Santos.
Na próxima quarta-feira (13), o STF realizará o julgamento dos primeiros acusados de participação nos atos golpistas. Esse julgamento será um marco importante no processo de responsabilização dos envolvidos e no combate a ações que ameaçam a estabilidade democrática do país.
É fundamental ressaltar que a atuação da PGR e da PF na investigação desses atos de vandalismo é crucial para garantir a punição dos responsáveis e fortalecer a confiança no sistema judiciário. A depredação de prédios públicos é um ataque à democracia e não pode ser tolerada. A sociedade brasileira espera que a justiça seja feita e que ações como essas sejam reprimidas de forma exemplar.