Desmatamento na Amazônia Legal cai 66% em agosto, apontam dados do Inpe divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente

No Dia da Amazônia, comemorado nesta terça-feira (5), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima divulgou dados positivos sobre o desmatamento na Amazônia Legal. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os alertas de desmatamento caíram 66,11% em agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Durante um evento no Palácio do Planalto para anunciar novas medidas de proteção do bioma, a ministra Marina Silva comemorou o resultado. Ela destacou que nos sete primeiros meses da atual gestão, o desmatamento na Amazônia foi reduzido em 42%, o que já representa uma vitória. No mês de agosto, a redução foi ainda maior, atingindo 66,11%, além de uma diminuição de 47,5% no índice de focos de calor.

A Amazônia Legal abrange diversos estados brasileiros, como Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de parte do Maranhão. Essa região representa cerca de 59% do território nacional.

A ministra Marina Silva também destacou a redução do desmatamento na Mata Atlântica, que foi de 42% de janeiro a maio, e uma queda de 79,7% no mês de junho, de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica. Já no Cerrado, a tendência de desmatamento observada nos últimos meses foi revertida. A ministra ressaltou que essa mudança ocorreu graças a uma parceria com os governos estaduais.

Em comemoração ao Dia da Amazônia, o governo federal anunciou uma série de medidas, incluindo a homologação de duas terras indígenas e a destinação de terras públicas para a criação de novas áreas de unidades de conservação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância de preservar a Amazônia e combater o desmatamento, destacando que o futuro da humanidade depende do Brasil.

O presidente também anunciou a destinação de R$ 600 milhões do Fundo Amazônia para municípios prioritários no combate ao desmatamento e aos incêndios florestais. Lula pediu diálogo com os prefeitos dessas regiões, para que eles se tornem parceiros nesse projeto de preservação ambiental.

Além disso, o presidente assinou um ato que institui a Comissão Nacional de Segurança Química, que havia sido extinta em 2019. Essa comissão será responsável por coordenar propostas e estratégias para uma gestão ambientalmente adequada de substâncias químicas.

Lula também voltou a cobrar dos países ricos a destinação de pelo menos US$ 100 bilhões por ano para ações climáticas e destacou que a Amazônia sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em 2025, na cidade de Belém. Ele ressaltou a importância desse evento para mostrar ao mundo a relevância da Amazônia.

Com essas medidas e resultados positivos na redução do desmatamento, o governo brasileiro busca demonstrar seu comprometimento com a proteção da Amazônia e a preservação do meio ambiente. Fica claro que o desafio ainda é grande, mas os avanços mostram que é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental.

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