O deputado Carlos Gomes, do partido Republicanos-RS, foi responsável por solicitar a realização desse debate. Ele explica que, no processamento de alimentos de origem animal, sempre sobra uma porção de resíduos de matéria orgânica que é facilmente putrescível. Esses resíduos são propícios para o desenvolvimento de micro-organismos e têm elevado potencial de atrair animais como insetos, roedores e aves.
Um problema destacado pelo deputado é que a destinação desses resíduos recebe pouca atenção das entidades de regulamentação sanitária e meio ambiente. Enquanto muito se discute sobre a qualidade e preparação dos alimentos, pouco se fala sobre como tratar e dispor dos resíduos inevitáveis do processo, bem como seus perigos e as consequências dos eventos associados a eles.
Segundo Gomes, o aproveitamento racional desses subprodutos pode impactar tanto na matriz de custo da carne quanto na preservação do meio ambiente. Para ele, é necessário converter a maior quantidade possível de resíduos do abate em subprodutos comercializáveis ou coprodutos, com o objetivo de diminuir o impacto ambiental da indústria da carne e melhorar o rendimento econômico, ou pelo menos diminuir o custo de gestão dos resíduos.
Diversas autoridades foram convidadas para participar da discussão na comissão, entre elas um representante do Ministério do Meio Ambiente, o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins da Silva Júnior, o membro do Conselho Temático de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Pedro Daniel Bittar, e o presidente da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra), Pedro Daniel Bittar.
A audiência será realizada no plenário 2 a partir das 14h30 e busca encontrar soluções sustentáveis para a reciclagem de resíduos provenientes da produção de proteína animal, visando a preservação ambiental e um melhor aproveitamento econômico desses subprodutos.
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