No entanto, Marina Silva reiterou que o objetivo do governo não é apenas combater queimadas e desmatamentos, mas criar um novo modelo de desenvolvimento sustentável que leve em consideração a bioeconomia e respeite as populações locais. A ministra anunciou que o ministro da Economia, Fernando Haddad, está coordenando a transição ecológica do país e que foi implantado um plano de prevenção e controle do desmatamento na Amazônia, que também será aplicado nos demais biomas brasileiros, como o Cerrado e a Caatinga.
Marina Silva também mencionou outras ações governamentais voltadas para a economia sustentável, como a retomada da demarcação de terras indígenas e a criação de unidades de conservação. Ela destacou a importância de fortalecer a democracia e combater as desigualdades, sempre levando em conta a sustentabilidade e respeitando as populações tradicionais.
Kaianaku Kamayura, representante das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, afirmou que é fundamental incluir os povos tradicionais nas discussões sobre preservação ambiental e mudança climática. Ela reivindicou não apenas a participação dos povos indígenas, mas também dos quilombolas, ribeirinhos e populações periféricas da Amazônia no debate sobre o encontro do clima (COP-30) que ocorrerá em Belém, em novembro de 2025. Segundo Kaianaku Kamayura, as terras dos povos indígenas estão sendo cada vez mais visadas, e é preciso reconhecer o conhecimento dessas comunidades.
O deputado Airton Faleiro (PT-PA), responsável por solicitar a sessão solene, defendeu a importância de ampliar o debate ambiental além do mundo rural. Ele destacou os problemas graves que as metrópoles da Amazônia enfrentam, mas também enfatizou que há soluções que representam esperança.
O Dia da Amazônia, comemorado em 5 de setembro, existe desde 2007 e marca a criação da Província Amazônica pelo Imperador Dom Pedro 2º em 1850.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Geórgia Moraes