Além disso, no momento da assinatura do contrato, a BWE já havia desembolsado US$ 3 milhões e existe a previsão de pagamentos futuros contingentes no valor de US$ 60 milhões, dependendo das cotações do Brent e do desenvolvimento dos ativos. Com essa transferência, a Petrobras deixa de operar 6,6% de sua produção no Espírito Santo.
No entanto, a companhia ressalta que essa transação não impacta suas demais atividades na região, onde ela possui operações em importantes campos de exploração em águas profundas, tais como o Parque das Baleias e outras seis áreas exploratórias. A Petrobras tem planos de implementar uma nova unidade de produção no Campo de Jubarte, denominada FPSO Maria Quitéria. Trata-se de um tipo de navio-plataforma que tem a capacidade de produzir, armazenar e transferir petróleo e gás natural. Essa nova unidade deverá resultar em um aumento da produção até 2027, graças à interligação de novos poços.
Essa operação faz parte da estratégia de desinvestimento da Petrobras, que busca se desfazer de ativos considerados não essenciais para sua operação. Com isso, a companhia pretende reduzir sua dívida e direcionar seus recursos para áreas de maior retorno financeiro.
Neste sentido, a transferência dos Polos Golfinho e Camarupim para a BWE é mais um passo nessa direção. A empresa tem se mostrado confiante nas perspectivas futuras para esses ativos e espera que os pagamentos futuros contingentes sejam efetuados, uma vez que essas condições estão diretamente ligadas ao desempenho dos campos e às cotações do petróleo.
A Petrobras segue focada em sua estratégia de otimização de portfólio e busca por parceiros que possam agregar valor aos ativos que está transferindo. Ao se desfazer de participações em campos como esses, a empresa espera atrair investimentos e promover o desenvolvimento das reservas de petróleo e gás natural no Brasil, contribuindo para o crescimento econômico do país.