De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP), todas as vítimas foram mortas por policiais ao “reagirem às abordagens”. A operação teve início no dia 28 de julho, após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, integrante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), no Guarujá. Mesmo após a prisão de três suspeitos de envolvimento no assassinato, as ações policiais continuaram sendo realizadas na Baixada.
Desde o início da operação, diversas entidades de defesa dos direitos humanos receberam relatos de torturas, invasões de domicílio e outros excessos praticados pelas forças de segurança durante as ações policiais. Diante dessas denúncias, a SSP afirmou que todas as ocorrências estão sendo investigadas minuciosamente pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos e pela Polícia Militar, através de Inquérito Policial Militar. Além disso, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa também está envolvido nas investigações, fornecendo apoio aos policiais civis e técnico-científicos.
A principal proposta da Operação Escudo é combater o tráfico de drogas e o crime organizado na Baixada Santista. Segundo a SSP, desde o início da operação até o dia 24 de agosto, foram presas 621 pessoas, sendo que 236 delas eram procuradas pela justiça por crimes como tráfico de entorpecentes, roubo, furto, estelionato, sequestro e homicídio. Além das prisões, 82 armas e 895,4 kg de entorpecentes foram apreendidos.
A SSP ressaltou que todo o conjunto probatório apurado durante as investigações, incluindo as imagens das câmeras corporais utilizadas pelos policiais, está sendo compartilhado com o Ministério Público e o Poder Judiciário. Essa medida busca garantir a transparência e a responsabilização dos envolvidos em possíveis abusos ou crimes cometidos durante a operação.
É fundamental acompanhar de perto o desenrolar dessa operação e garantir que todas as denúncias sejam devidamente apuradas. O combate ao crime deve ser realizado dentro dos limites da lei e respeitando os direitos humanos. É importante que todas as partes envolvidas sejam ouvidas, visando a justiça e a segurança da população da Baixada Santista.