O sargento dos Reis se encontra preso há 114 dias devido à sua participação em fraudes envolvendo cartões de vacinação de Bolsonaro e seus familiares, bem como sua participação nos eventos do dia 8 de janeiro e movimentações financeiras irregulares. Durante seu depoimento, ele optou por não comentar as acusações de alteração de dados nos cartões de vacinação. No que diz respeito aos atos do dia 8 de janeiro, manifestou arrependimento por ter comparecido à Esplanada e afirmou ter permanecido no local por aproximadamente 40 minutos, negando qualquer apoio a atos golpistas.
Uma das questões levantadas pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), foi sobre as movimentações financeiras na conta do sargento que totalizam mais de R$ 3 milhões entre fevereiro de 2022 e janeiro deste ano. O sargento explicou que as movimentações se referem a recursos recebidos quando ele foi para a reserva, participação em consórcios e outras negociações. Ele também afirmou ter intermediado a venda de um carro para o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, no valor de R$ 70 mil.
O depoimento do sargento dos Reis continua em andamento e mais informações serão disponibilizadas posteriormente. A investigação da CPMI busca esclarecer os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, bem como possíveis envolvimentos e irregularidades cometidas por autoridades e pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Aguardaremos novas informações para atualizar esse caso.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Rodrigo Bittar