A defesa do professor alega que o ocorrido se deu em um momento extremamente delicado em sua vida pessoal, citando transtorno depressivo grave e outros distúrbios emocionais que ele vem tratando desde 2020. A defesa também ressalta que a conduta não foi intencional e que Bueno se arrepende profundamente, afirmando que tal comportamento não condiz com suas atitudes cotidianas.
Desde agosto do ano passado, o docente já estava afastado provisoriamente do cargo. Ele atuava na UEPG desde 2003. A Universidade confirmou que a denúncia da aluna resultou na abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Bueno, porém não divulgou detalhes devido ao sigilo do caso. Até o momento da redação desta matéria, não foi possível obter contato com a estudante.
O portal G1 teve acesso ao PAD e revelou que, em uma das mensagens de voz enviadas pelo professor à aluna, ele questiona o que ela gostaria de fazer para ter relações sexuais com ele. O caso também tramitou no âmbito da Justiça Estadual, especificamente no 3º Juizado Especial Criminal. Em uma audiência ocorrida em junho de 2023, o professor aceitou aplicação antecipada da pena restritiva de direitos de prestação pecuniária, ou seja, o pagamento de uma multa. O valor da multa não foi divulgado, mas será destinado à vítima.
A UEPG, como universidade pública estadual, informou que está intensificando suas ações para prevenir que casos similares ocorram no futuro. A instituição esclareceu que a decisão pela demissão do professor Bueno foi tomada pelo Conselho Universitário, composto por representantes de diversos setores. Após essa decisão, o caso foi encaminhado ao Governador do Estado, que aprovou a demissão.
É importante ressaltar que as ações adotadas pela UEPG e pela Justiça Estadual demonstram a severidade desse tipo de conduta e a importância de combater o assédio sexual no ambiente acadêmico. A universidade reafirmou seu compromisso em proporcionar um ambiente seguro e respeitoso para seus alunos e colaboradores.
-
-
-
-
