No entanto, o presidente negou que esse desejo de ter um banco maior que o FMI seja uma tentativa de confronto com o G7, o G20 ou os Estados Unidos. Lula afirmou que é a favor da inclusão de novos países no bloco e que o Brics deve ser aberto, em contraposição ao G7, que é um clube fechado.
Além disso, Lula criticou o formato de governança global, especialmente o Conselho de Segurança da ONU, que conta com apenas cinco membros permanentes e com poder de veto. O presidente indicou que busca o apoio da China e da Rússia para reformar essa estrutura e incluir o Brasil, África do Sul e a Índia no Conselho de Segurança da ONU.
As declarações foram dadas por Lula durante o programa “Conversa com o Presidente”, uma transmissão ao vivo produzida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Essa live semanal vem sendo realizada mesmo quando Lula está fora de Brasília.
Além disso, Lula ressaltou que, em 2025, quando o Brasil presidirá o bloco dos Brics, a principal discussão será sobre a desigualdade. O presidente destacou a necessidade de acabar com a desigualdade racial, de gênero, na educação, na saúde e nos salários. Esse tema deve ganhar destaque nas discussões do bloco nesse período.
Em resumo, Lula demonstrou o interesse do bloco dos Brics em ter um banco de investimentos mais forte que o FMI, sem o intuito de confrontar outros grupos ou países. Além disso, o presidente criticou a governança mundial atual e busca o apoio de China e Rússia para reformar a estrutura do Conselho de Segurança da ONU. A desigualdade também foi apontada como uma das principais discussões do bloco para o futuro.