De acordo com o delegado divisionário do Denarc, Carlos Castiglioni, essa discrepância se deve a uma mudança de foco nas investigações que ocorreu durante a gestão de Tarcísio de Freitas. A polícia passou a concentrar seus esforços em localizar e desmantelar as centrais de abastecimento, também conhecidas como “Casas Bombas”, que são depósitos clandestinos utilizados para armazenar diferentes tipos de drogas.
“Começamos a localizar e tivemos um sucesso muito grande na apreensão das drogas. Só em agosto, em três dias, já apreendemos 1kg. Então, incentivar o combate às centrais de abastecimento vem surtindo efeito”, afirmou Castiglioni.
Apesar de a quantidade de ‘Drogas K’ apreendida ainda ser menor em comparação com outros tipos de droga, o delegado explica que há dois fatores que interferem nisso. O primeiro é o fato de que essa droga é relativamente nova. O segundo é que, mesmo em pequenas quantidades, ela é extremamente potente. “É uma droga que, com apenas um grama, uma pessoa já consegue se drogar”, ressaltou Castiglioni.
Ele também alertou para o fato de que as ‘Drogas K’ são consideradas drogas experimentais, o que significa que sua fórmula está sempre sendo alterada. Isso representa um perigo constante para os usuários, já que a produção dessas substâncias é amadora e perigosa.
Além do combate às ‘Drogas K’, a Polícia Civil de São Paulo continua seu trabalho de inteligência no combate a outras drogas. Somente em julho deste ano, o Denarc estabeleceu um recorde na apreensão de maconha, com mais de 12 toneladas confiscadas em todo o estado. Essa quantidade representa três vezes mais do que foi apreendido no mesmo mês do ano passado. Além disso, foram apreendidos 882 kg de cocaína, 15 kg de crack e 53 kg de outras drogas.