Na comparação mensal, o CPI britânico apresentou uma contração de 0,4% em julho, enquanto a projeção era de uma queda de 0,5%, segundo a FactSet. Já o núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e alimentos, teve uma alta de 0,3% em julho em relação a junho. No confronto anual, o núcleo do CPI registrou um aumento de 6,9% no último mês.
Esses números revelam uma desaceleração da inflação no Reino Unido, o que pode indicar uma estabilização dos preços ao consumidor. No entanto, é importante destacar que a inflação ainda se mantém em patamares elevados, acima da meta do Banco da Inglaterra, que é de 2%.
Alguns economistas acreditam que essa desaceleração da inflação pode ser resultado de uma redução da demanda por bens e serviços, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Além disso, a alta dos preços internacionais das commodities e os problemas na cadeia de abastecimento também têm pressionado os preços no Reino Unido.
O banco central britânico tem enfrentado o desafio de controlar a inflação ao mesmo tempo em que estimula a recuperação econômica do país. Para isso, tem adotado uma política de juros baixos e de compra de ativos, visando manter o crédito acessível e incentivar os gastos. No entanto, essa estratégia pode ser prejudicada se a inflação continuar em patamares elevados, o que poderia levar a uma mudança na política monetária.
A expectativa é de que nos próximos meses a inflação no Reino Unido continue a apresentar alguma volatilidade, devido aos riscos e incertezas ainda presentes na economia. No entanto, é fundamental que o Banco da Inglaterra esteja preparado para agir caso a inflação se torne persistente e acima das expectativas.